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segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Capoeira e Consciência Negra: Roraima Celebra Zumbi dos Palmares com Evento Cultural e Reflexão sobre Igualdade Racial

foto: arquivo pessoal
No próximo dia 20 de novembro, feriado dedicado à Consciência Negra, a Praça da Cultura, localizada por trás do Mini Terminal de Ônibus, no Centro de Boa Vista, será palco de um evento marcante em homenagem a Zumbi dos Palmares. A partir das 19h, uma grande roda de capoeira reunirá a comunidade para celebrar a resistência e a cultura afro-brasileira. Além disso, o encontro contará com uma palestra especial sobre igualdade racial, ministrada por Rafaela André, referência na luta contra o racismo e o preconceito.


sábado, 2 de novembro de 2024

Dia de Finados: Entre Silêncio e Festa, a Celebração da Memória Pelo Mundo

Após uma breve pausa técnica de sete dias, o Blog Tiquiri está de volta, trazendo reflexões e histórias que nos conectam. E não há melhor data para esse retorno do que o Dia de Finados, celebrado em 2 de novembro, quando culturas ao redor do mundo se dedicam à lembrança dos entes queridos que partiram. Este dia transcende o silêncio, ganhando em cada país um toque único, seja de reverência, festa ou celebração da vida. Em nosso artigo, "Dia de Finados: Entre Silêncio e Festa, a Celebração da Memória Pelo Mundo," percorremos algumas dessas tradições, revelando como a memória se transforma em presença em diferentes lugares, honrando aqueles que já não estão entre nós.

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Dia Mundial do Combate ao AVC: Um Alerta Necessário sobre Prevenção e Reconhecimento

Hoje, 29 de outubro, é celebrado o Dia Mundial do Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), uma data que destaca a importância da conscientização e prevenção dessa doença que afeta gravemente milhares de pessoas em todo o mundo, incluindo muitos brasileiros. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o AVC é uma das principais causas de morte e incapacidade, e sua incidência só cresce em diversos países, sendo um desafio global de saúde pública.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Minha História (atualizada), um ensaio de um lado da minha biografia!

 

Montagem com meus filhos (Acassia Vitória, Guilhermi Marques e seu General, Agello Gabriel, Gisele Marques Kauan Karlos e Luana Estella)

Aconteceu, no dia 25 de outubro, postado no Facebook,

Enfim, chegou o "Dia consagrado ao Meu Nome!", como dito na série televisiva e literária Game of Thrones! Sem guerra, somente na paz, eu digo: obrigado, meu Pai, por mais um dia!

Mesmo "passando por cima da pílula", nasci como o primeiro filho homem, mas segundo filho de um casamento que se acabou precocemente, com pouco menos de um ano de diferença da saudosa e ainda muito amada Marilva, que completaria 52 anos neste dia 5 – feriado em Roraima, onde se celebra o aniversário do Estado. Pela graça do Deus da Vida e da Esperança, fui agraciado por abrir os olhos e, antes de chorar – minha mãe costumava dizer que até meu choro era caladinho –, eu sorria! Já meus filhos, Guilhermi e a primogênita Vitória, vieram ao mundo berrando como sindicalistas em greve na praça pública!
Tudo isso pra dizer que no dia 25 de outubro de 1973, às 10h, nasci em casa. O parto foi feito por uma pessoa que, com certeza, seria acusada de bruxaria e condenada pela Inquisição na época e, talvez hoje, dada a “religiosidade fascistoide instalada”, também. Minha avó "Chaguinha", parteira e rezadeira da região, quase cega, contou com a ajuda de duas aprendizes, das quais não me recordo o nome… Nasce, teimosamente, Oiran Braga dos Santos, uma rica miscigenação (indígenas da etnia mundurucu + africanos trazidos ao Brasil para serem escravizados), filho de Mario Alberto Gomes dos Santos (pai) com uma "filha do Norte e neta do Nordeste", Iva de Araújo Braga (mãe), ambos in memoriam.
Minha avó sempre dizia que, antes de chorar e abrir os olhos, eu sorri – coisa emblemática, já que ela era quase totalmente cega. Nasci em casa porque meu pai estava “de plantão no ponto de táxi” e não pôde ver meu nascimento. A intenção era que minha mãe fosse conduzida à maternidade por ele… Coisas da vida! O endereço: uma chácara na cidade de Manaus, Estrada do Aleixo (hoje Avenida André Amazonas), em frente aos Correios.
Tudo isso pra dizer, como disse Violeta Parra em sua belíssima composição Gracias a la Vida [Gracias a la vida, que me ha dado tanto], só posso ser grato ao Senhor pela vida, pela minha família, seja ela lateral (meus irmãos e minhas irmãs), ascendentes e descendentes (meus amados filhos e netos – posso dizer no plural, pois o coração do meu netinho ou netinha já foi ouvido no útero de sua mãe, Vitória). Minhas orações pela vida dos dois.
Na infância, a música "Tempo Bom", de Chico da Silva, com a composição de João Paulo e Moisés, trazia versos como "Rodar pião, estilingue no pescoço e papagaio pra soltar...", mas esses tempos de brincadeira não faziam parte da minha realidade. Minha vida era dedicada ao trabalho: vendia com orgulho as iguarias que minha mãe preparava, aos estudos e, em seguida, às militâncias sociais, sindicais e religiosas que moldaram meu caminho. Esse caminho foi fortalecido pelo compromisso com a Teologia da Libertação e pela militância política, social e partidária, que iniciaram aos 13 anos e marcam minha vida até hoje. Tenho um compromisso especial com a CEB (Comunidade Eclesial de Base) Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Bairro Asa Branca (13), e atuei na criação da CEB Santa Edwiges.
Não posso jamais esquecer meus irmãos: a eterna Marilva (Nega), Gracinha, Cleidson (Preto, Pretinho), Nívia (Sibita, Sibitinha) e Cleiton (Piqueno). Todos são profundamente amados, cada um com suas peculiaridades, mas o amor é incondicional, não exige nada em troca! Esse caminho me trouxe também amigos especiais, como Rogério e Rodrigo Filgueiras e suas irmãs, Carmem e Heloísa; Mãe Nazaré (Andrelina, mas ninguém usa esse nome); Tânia Leal e o irmão Peures Frank; Gardelha; Ana Cleide; Clóvis Ferreira Lima; Heliton e seu irmão Elilton. Cada um deles poderia compor um livro de pessoas especiais. Minha comadre Aurinês praticamente pegou na minha mão e me arrastou pra Igreja, resgatando minha vida.
Ainda na adolescência, conheci o conselheiro Pablo Sérgio e meu padrinho de Crisma, Titonho. Em meu primeiro casamento, aos 20 anos, com Edite Cássia, mãe de Vitória, contei com o carinho dos padrinhos Parima e Lenir, que sempre estiveram presentes em minha vida. Após o fim desse primeiro casamento, vivi um segundo matrimônio com Leci Marques, uma índia/negra guerreira. Esse casamento durou 21 anos e se transformou em uma bela amizade. Costumo dizer que ela foi promovida a minha melhor amiga! Só posso expressar gratidão por essa amizade.
Para terminar (ninguém merece um texto tão longo, né?), com todos os percalços da vida, “estou aqui bem diante de vocês”, conforme disse Raul em Eu Sou o Homem que Sou [Eu sou o homem que sou e não posso mudar], e, como diz a música Tocando em Frente (Almir Sater e Renato Teixeira), vou cumprindo a vida e meu compromisso com as causas sociais, o que me representa, apesar das preocupações que geram! Raul Seixas disse em resposta a Marcelo Nova em seu último trabalho: “Assim, cheio de verdade, com amor e com maldade, um abraço e até outra vez.” Obrigado a “toda rapaziada e à turma toda”, como diz Oswaldo Montenegro em dueto com Renato Teixeira.
Hoje, aos 51 anos, sinto-me mais forte, mais feliz e infinitamente mais produtivo. Vivo como protagonista da minha própria história, trilhando um caminho de solidariedade e compaixão. Através de campanhas que promovem o bem, continuo trabalhando pela construção de uma sociedade mais justa, humana e fraterna. Em cada ação, mantenho o olhar voltado para o Reino Definitivo, como rezamos no Pai Nosso: Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade. Que assim seja, em cada passo e decisão.
Me perdoem se esqueci alguém!
Só tenho a agradecer!

Memórias que não se Vendem: Reflexões sobre Amor, Paternidade e Legados

 Em comentário às potagem compartilhada pela minha professora e Jornalismo Shirlei Lufta assim o  fíz (a história está logo abaixo:

Eu me emociono ao ler essa história, porque cada detalhe me toca profundamente e traz reflexões sobre responsabilidade e amor. Por mais fã que eu seja de Lennon, como pai, jamais agiria assim. Meus relacionamentos se desfizeram, é verdade, mas eu permaneço muito próximo dos meus filhos e agora dos meus netos. Sou amigo das mães dos meus filhos e mantenho o respeito por tudo que construímos juntos.

A atitude de Paul McCartney me comove especialmente, porque ele valorizou as memórias que pertenciam a Cynthia e Julian de uma forma genuína e compassiva. Em vez de apenas adquirir aquelas lembranças preciosas, ele as devolveu, reconhecendo que não se deve vender ou se desfazer de algo tão pessoal. Essa história me lembra a frase da banda Cidade Negra: “Amor que não se pede; Amor que não se mede; Que não se repete” e é exatamente isso que busco: relações amorosas, leves, que deixem marcas boas, não pesadas.

Texto da postagem:

"Quando John Lennon conheceu Yoko Ono em 1966, apaixonou-se perdidamente por ela, logo depois deixou sua então esposa Cynthia, e após um período de namoro casou-se com Yoko, no início de 1969.
John deu à sua ex-mulher, Cynthia, apenas um acordo de divórcio, embora soubesse que a Cynthia teria que sustentar e criar o seu filho Julian, que tinha apenas cinco anos de idade.
Depois de alguns anos, Cynthia logo ficaria quase arruinada; sabia que teria que juntar algum dinheiro para que ela e Julian pudessem sobreviver.
Sob desespero, ela tomou uma decisão necessária, venderia as cartas de amor e os desenhos que John lhe havia dado quando eram um casal jovem e apaixonado na adolescência.
As cartas eram muito apaixonadas, cheias de citações de "Eu te amo, Cyn".
Você consegue imaginar o quanto deve ter doído a Cynthia ter que se livrar dessas memórias de valor incalculável?
A Cynthia vendeu-os por uma grande quantidade...
O comprador foi Paul McCartney.
Paul tinha pago uma pequena fortuna pelas memórias.
Alguns dias depois, Cynthia recebeu todas as cartas e desenhos por correio, agora todos cuidadosamente enquadrados.
E junto havia também um bilhete que dizia:
“Nunca venda suas memórias.
Com carinho, Paul McCartney”

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

A Caridade é o amor em movimento
Bom dia, Paz e Bem! 🌞 
Mesmo me sentindo meio órfão pela perda recente do querido Gustavo Gutiérrez, pai da Teologia da Libertação internacional, e rezando com fé pela recuperação de Pepe Mujica, sigo estimulado, na luta pela recuperação da minha própria saúde. 
Me sinto alegre e feliz por poder ajudar o próximo, sabendo que a solidariedade é um caminho de esperança. 
E se as coisas não derem certo de primeira, faça como disse o mestre Raul Seixas: "Tente outra vez"! Que seu dia seja abençoado e cheio de força! ✨🙏

 

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Despedida de um Profeta: O Legado Eterno de Gustavo Gutiérrez, Pai da Teologia da Libertação


Com profundo pesar e reverência, o mundo, especialmente a América Latina, se despede de Gustavo Gutiérrez, o pai da Teologia da Libertação, que partiu para a sua Páscoa definitiva em 22 de outubro de 2024. Gutiérrez dedicou sua vida ao discipulado de Jesus e à luta pela libertação dos oprimidos, sendo uma voz incansável em defesa dos pobres e marginalizados. Seu legado transcende fronteiras, inspirando teólogos, ativistas e comunidades inteiras a buscar um mundo mais justo e solidário, conforme os princípios do Reino de Deus. Nascido em Lima, Peru, Gutiérrez enfrentou adversidades desde cedo, mas sua fé inabalável e compromisso com a causa dos pobres o tornaram um farol de esperança e resistência. Agradecemos à Divina Ruah pela vida de Gustavo Gutiérrez e pela sua contribuição à Teologia da Libertação, cujo impacto continuará a ressoar por gerações