Quem sou eu

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Não seja um Filho da Pulha


Não sou nenhum especialista em informática muito menos em segurança da informação. Entretanto tenho visto muita gente caindo em golpes bobos da internet e sendo instrumento de divulgação de pulhas virtuais: notícias falsas, meias verdades, golpes, correntes e lendas urbanas, como se sérias e verdadeiras fossem.
O lixo mais comum que recebemos em nossos e-mails e nas redes sociais é a famigerada corrente que como toda pulha virtual vem com apelo exagerado para ser repassada. Daí são feitos apelos emotivos, supersticiosos, de caráter religioso, sentimental (amor e ódio) indignação e até de militância política e social entre tantos outros. O princípio básico é o seguinte: Se a pulha não se propagar, perde completamente a razão de existir.
Pulhas normalmente utilizam em suas mensagens um tipo de linguagem com o objetivo de impressionar o leitor leigo e descuidado, principalmente quando divulgam a existência de falso vírus e supostas descobertas científicas. Procuram repassar termos técnicos até insistentes para que tenha um suposto suporte técnico e científico. É como ir ao mecânico e ele dizer que o problema do carro é o “pino da grampola” ou a “rebinboca da parafuseta”. Aí na dúvida retransmite com a sensação de está fazendo um grande trabalho em prol da humanidade.
Quase ninguém se dá ao trabalho de pesquisar, e, quando algum amigo o faz o repassador de pulha ainda fica chateado, estufa o peito e esbraveja “estou fazendo a minha parte!”.
Outro indicador de uma falsa notícia é a utilização excessiva de exclamação e de letras maiúsculas, em palavras frases e até parágrafos inteiros. O objetivo da utilização desse recurso é querer dar ênfase em algo que se quer chamar a atenção. Na etiqueta da internet utilizar excessivamente letras maiúsculas é considerada falta de educação equivalente a “falar gritando”.
Quando receber uma mensagem faça alguns questionamentos tais como:
O texto da mensagem é de autoria de quem a enviou para você? Se a mensagem não for de autoria do remetente, então é muito provável que ela conte uma mentira.
A mensagem tem um tom de histeria do tipo "IMPORTANTE!", "URGENTE!" ou "Passe esta mensagem adiante!"? Se uma dessas coisas estiver presente na mensagem, então tenha certeza de que é mais uma conversa fiada.
Existem frases com letras maiúsculas ou o texto é todo redigido com letras maiúsculas? Se existem muitas frases escritas com letras maiúsculas ou se toda a mensagem for redigida com letras maiúsculas, então é muito provável que a informação seja falsa.
A mensagem faz referência a data indeterminada como "ontem", "sábado", "nesta semana" ou na "semana passada"? Se a mensagem contiver uma dessas "datas", então é muito provável que seja mais uma lorota.
Pra finalizar, qualquer que seja o conteúdo de uma mensagem, qualquer que seja o apelo, não saia por aí encaminhando para o mundo todo. Esse tipo de comportamento, denominado de spam, é altamente condenável. Ao fazer o spam, você está
·               contribuindo para a disseminação de notícia falsa ou
·               incentivando uma ação ilegal;
·               ocupando os canais de tráfego da Internet com coisa imprestável e
·               poluindo o ciberespaço.
Alguns provedores de serviços da Internet chegam a cancelar a conta de pessoas que adotam essa prática reprovável.
Lembre-se quem repassa pulha é pato. A internet, em particular as redes sociais está cheia de “Filhos da Pulha”.

Um comentário:

  1. é um bom artigo! Fica como ideia um aprofundamento para esclarecer porque pessoas perdem tempo fazendo essas coisas... só uma dica

    ResponderExcluir