No dia 16 de outubro, celebra-se o dia de Santa Edwiges, padroeira dos endividados e protetora das famílias. Em Boa Vista, Roraima, essa data tem um significado ainda mais especial no bairro Jardim Equatorial, onde, em 1995, surgiu a Comunidade de Santa Edwiges, em resposta à crescente necessidade da população católica local.
Programação completa dos festejos será publicada na próxima edição
Capitulo 1:
O bairro, que na época fazia parte da então Diaconia São Bento, era uma região periférica da cidade, marcada pela falta de infraestrutura religiosa. Nesse contexto, a comunidade nasceu como fruto da união, da fé e da determinação de seus moradores. O templo foi construído com o trabalho coletivo dos próprios fiéis, que, com esforço e dedicação, ergueram o que viria a se tornar um ponto de referência religiosa e comunitária no Jardim Equatorial.
Entre os líderes que se destacaram nessa empreitada estão Sr. Jorge, Cláudia Tomé (uma das fundadoras) Oiran Braga e Paulo Anthony, que coordenaram os primeiros passos da construção. Outros membros fundamentais incluíram Amélia, Professor Peixoto, Barroso (liderança popular local) e Sr. Manoel, todos comprometidos com o fortalecimento da comunidade e com o propósito de oferecer um espaço de fé e acolhimento aos moradores.
A Comunidade de Santa Edwiges, desde sua fundação, reflete o espírito de solidariedade e serviço da santa que a inspira. Santa Edwiges (1174-1243), uma nobre alemã, dedicou sua vida a ajudar os pobres, endividados e doentes. Ela era conhecida por sua caridade e compaixão, renunciando ao luxo de sua posição para cuidar dos mais necessitados. Após a morte de seu marido, Edwiges entrou em um convento, onde continuou sua missão de serviço, sendo reconhecida por suas obras de misericórdia e sua dedicação à fé. Sua vida se tornou um exemplo de humildade, desprendimento material e compromisso com os que sofrem.
Seguindo esse exemplo, a Comunidade de Santa Edwiges, ao longo de quase 30 anos, se estabeleceu como um símbolo da força coletiva dos moradores. O templo não é apenas um local de oração, mas também um marco da superação e do espírito comunitário do Jardim Equatorial. A devoção se transformou em ações concretas para o bem comum, refletindo a missão de acolher e apoiar os mais vulneráveis, tal como a própria Santa Edwiges.
Hoje, as celebrações em honra à padroeira, especialmente no dia 16 de outubro, são um marco no calendário local, reunindo fiéis e consolidando o legado deixado pelos fundadores. A união e a fé que deram origem à comunidade continuam a inspirar novas gerações, mantendo viva a chama de solidariedade que marcou o início dessa história.
A Comunidade de Santa Edwiges segue como um exemplo de que, com fé, colaboração e trabalho coletivo, é possível construir algo que transcenda o tempo e inspire todos aqueles que buscam uma vida guiada pelo amor ao próximo e pela transformação de sua realidade.
Oiran Braga – jornalista
Facebook, Instagram e Bluesky @oiranbraga
“Seja autêntico, respeite a Criação, a Pesquisa e a Autoria, mas por favor mantenha os créditos.(Sobre Plágio leia a Lei 9.610/98)”
Boa, não conhecia essa santa e nem a comunidade. Gostei de saber.
ResponderExcluirJá estou esperando o segundo capítulo! Obrigado pela oportunidade de conhecer!
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